Expo Zaragoza

Hoje fui visitar a Expo Zaragoza da qual ouço falar desde que cheguei na Espanha. Fizeram uma divulgação excelente. Se podia ver a marca da expo vinculada a todas as propagandas em Barcelona e, imagino, em toda a Espanha.
Talvez seja o maior evento da Espanha de 2008. Convidaram todos os países do mundo e a resposta foi positiva por boa parte deles. O Brasil ficou com um stand destacado no pavilhão da América Latina mas a composição do ambiente não estava muito atrativa nem inovadora. A Espanha já percebeu a importância destes eventos internacionais no incremento do turismo. O Brasil ainda demora pra tomar consciência. O México e o Marrocos, por exemplo, investiram alto na Expo Zaragoza e montaram stands que se destacavam dos demais. Ambos os países perceberam que o turismo é hoje uma das principais fontes de renda nacionais. Apesar do esforço do Ministério da Cultura na montagem do stand, ficamos muito aquém de nossas possibilidades e perdemos uma oportunidade preciosa de nos mostrarmos ao mundo.
O stand brasileiro apostou em fotografias grandes de florestas e rios e numa apresentação multimídia que era acessada por computadores instalados em uma árvore estilizada. O grande problema foi a ausência das culturas ribeirinhas que demonstra o grande desconhecimento que temos em relação a estas culturas tão vinculadas ao tema da água. Falta, inclusive, no MinC, ações dirigidas a estas comunidades como a que propus ano passado e que previa um edital de apoio a manisfestações culturais ribeirinhas e que havíamos batizado de "Cultura Viva Ribeirinha". A questão da água tem ganhado uma centralidade inédita no mundo e o Brasil tem muito a dizer e a mostrar sobre esse tema.